Por: Eduardo Petrucci Gigante
Já há alguns anos tem se falado em democracia universitária. E se criou um sistema em que a comunidade universitária, isto é, os docentes, técnicos e acadêmicos votam em Reitores e Diretores de unidades. Por uma questão de “segurança”, os pesos dos votos são diferenciados. Pesos diferenciados? Isso é Democracia? Como o maior contingente sempre são os acadêmicos, criou-se o sistema ponderado para evitar que o alunado defina o reitor e diretores. Mas por quê? Afinal, quem tem o foco na graduação são os acadêmicos. Os docentes e servidores tem o foco é no feijão!
Tem-se então, na verdade, uma “democratite”. Docentes que deveriam estar focados na graduação, voltam seus olhos às atividades administrativas, com os bônus que as acompanham. Permite-se, então, que o eleito seja refém dos eleitores. Conchavos e acordos, sabe-se lá quais, são feitos para beneficiar pessoas ou grupos. Ainda é democracia?
Curiosa também é essa administração por docentes. A Universidade e seu corpo docente tem como finalidade precípua o ensino de profissões. Trabalha-se para desenvolver, nos acadêmicos, habilidades e conhecimentos específicos nas mais variadas profissões. Mas os docentes, sem essas habilidades e conhecimentos inerentes à administração, metem-se a administrar as Universidades. Que se tornam instituições que promovem a profissionalização e são administradas por amadores!
Vamos levar adiante essa idéia de democracia. Não duvidamos que ela seja válida para gerir nações, estados, municípios. Mas, para gerir instituições? Não parece – e é minha opinião pessoal – a melhor forma. Se assim fosse, teríamos eleições na Petrobrás, no Banco do Brasil, na Receita Federal, quem sabe até nas Forças Armadas.
Minha proposta então: Que votem apenas os acadêmicos! Não os vestibulandos, mas os que já cumpriram pelo menos dois semestres. Que já viveram um ano na instituição e já conhecem as pessoas. E que qualquer docente ou servidor possa vir a ser Reitor ou Diretor de unidade.
Um comentário:
Cabe destacar que essa é uma opinião pessoal sua. Nós do sindipampa, não temos consenso para tais opiniões.
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